Nesta sexta-feira, vou estar na Biblioteca Municipal de Beja, para mais uma conversa sobre livros.
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Drunk shaving (ou o dilema da mulher bêbada do século XXI)
A língua inglesa é mais sensível a bons títulos. Com efeito,
pode ser capaz de condensar em uma ou duas palavras aquilo que nós,
portugueses, demoraríamos uma frase a dizer.
Drunk-shaving é um bom exemplo disso: foi um termo que
surgiu em conversa com uma amiga estrangeira, correspondente ao acto de se
fazer a depilação quando se está bêbada.
Para não cair na maior das vergonhas, a mulher tem de se
depilar. É um facto. Não usamos saias, nem vamos à praia, com pelinhos nas
pernas.
Mas fazer a depilação, não há como negá-lo, é chato, dói e
custa um dinheiro parvo.
Às vezes, vale a pena perguntar porquê? É antinatural. As
australopitecas não andavam assim e continuavam a ser atraentes para a espécie.
Hoje em dia, porém, a mulher sexualmente activa tem de ser
uma sereia imberbe, macia que nem uma corça e suave que nem um bebé. Tudo isto
deve surgir muito naturalmente, claro. Até mesmo falar do assunto parece
vergonhoso, como se tivéssemos de o esconder: como se a própria mulher devesse
nascer depilada.
No inverno, não temos de usar saia nem de ir à praia. Nesta época do ano, temporadas existem em que
a mulher solteira leva uma vida relaxada, em que no seu intimo mais se parece
com um homem e isso não tem problema absolutamente nenhum: continua a gostar de
si mesma a achar-se bonita. As suas antepassadas australopitecas sorriem-lhe e
aprovam.
Mas todo esse relaxamento se vai abaixo se aquando de uma
interacção menos inesperada e... eventualmente alcoolizada, resolve levar um
homem para casa. Sem pensar muito no assunto, encontra-se num tête-a-tête
romântico, com um Zé-Manel qualquer pronto a saltar-lhe para cima, e
vice-versa.
E agora? O cérebro não está suficientemente inteligente. O
Zé-Manel é demasiado apelativo. A mulher corre para a casa de banho.
Enquanto o parceiro/a aguarda na sala, provavelmente achando
que ela está a sofrer de diarreia ou a cheirar meio quilo de cocaína, a mulher
não precavida dá inicio ao arrojado processo de fazer o drunk shaving. De
utensílio em riste, desdobra-se em manobras circenses a contra-relógio, palco
para todo o tipo de catástrofes: quedas na banheira, inundações, cortes
profundos ou até queimaduras de segundo grau.
Tudo em nome do sexo, delicado e macio, que nem uma corça.
No dia a seguir, o mais provável é descobrir-se que a coisa
não foi assim tão bem conseguida. É provável que o produto da nossa acção
desemboque num misto de sereia com australopiteca. Ou zebra. Ou uma corsa que
foi chamuscada num poste eléctrico.
Hoje em dia, das duas uma solução para a mulher solteira: ou
vai ter de andar a fazer cálculos mentais constantes (será que pretendo
safar-me esta noite?), ou terá de se tornar perita no drunk shaving.
Será que há aqui alguma coisa que está mal? Não poderíamos
nós, de uma vez por todas, apenas começar a dizer: não fiz a depilação, mas não
faz mal porque... tu também não?
Deixo a questão no ar. E agora com licença, que vou só ali
ao Cabeleireiro da Lisette. Nunca se sabe o que me poderá acontecer hoje à noite
e não quero acordar com a casa de banho a arder.
sábado, 19 de outubro de 2013
Jovens Criadores 2013
Já se encontra online a Colectânea de Jovens Criadores 2013, na qual participo com o meu trabalho poético Irmão-Longe.
Para ver aqui:
http://www.1kcloud.com/s3phKvx/page36.html#/66
Para ver aqui:
http://www.1kcloud.com/s3phKvx/page36.html#/66
Caldas da Rainha
Logo à tarde, vou estar na Biblioteca Municipal das Caldas da Rainha, às 18h00 para uma conversa com leitores.
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
terça-feira, 1 de outubro de 2013
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