Dois pensamentos que me
surgiram imediatamente ao visionar isto.
Sim, o outro foi: perdi 3:51 minutos da minha vida, mas isso
já é algo comum para alguém que trabalha em casa e que se dedica a uma parte
inevitável de procrastinação diária.
E eis senão quando, há coisa de uns dias, descobrimos que
era tudo uma publicidade estúpida a uma marca de perfume. Oh...que surpresa do
&%$#.
Aparentemente, a página de Facebook suposto gentleman já tinham não
sei quantos mil likes e shares de cidadãos que agora se sentem “defraudados” por
ter sido aproveitada a sua “capacidade romântica de acreditar no amor” em prol
de uma campanha publicitária. Até aí, admito que até acho um bocadinho bem
feito.
A mim, o que me chateia não é que algumas pessoas com demasiado tempo livre se tenham
deixado enganar por um grupo de gente idiota. Mas sim que estes tenham utilizado as últimas manifestações de descontentamento popular para o fazer.
Uma total desacreditação das mesmas, tratando, sugestivamente e diante milhares
de visionadores (televisão incluída), a data em causa de um modo tão banal como qualquer outra
altura festiva, como se do Natal ou o Ano Novo se tratasse. O Pingo Doce já o
tinha feito, pelos vistos pegou: já que o povo português funciona tanto à base
de modas, por que não rentabilizar a “moda” das manifestações? Na minha opinião, é aproveitar datas que deveriam ser simbólicas para a democracia para fazer
jogadas de marketing que ultrapassa claramente os limites da ética.
Quanto ao moço em questão, exprimo um misto de pena e
curiosidade: perguntou-me, por exemplo, por quanto se vende a humilhação de
sermos para sempre conhecidos como “aquele parvo do anúncio da Cacharel”.
Se calhar, o melhor mesmo era ter apanhado o tal avião para França.
Se calhar, o melhor mesmo era ter apanhado o tal avião para França.
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